13 junho 2008

Os tratantes

Depois de tanta pompa, festejos e loas ao Tratado de Lisboa o povo irlandês, percebendo o que estava em causa, rejeitou o embuste preparado por uns quantos eurocratas. Foi o “Não” a mais neo-liberalismo, militarismo e federalismo. Foi também uma lição de democracia dada pelo povo irlandês àqueles que achavam que podiam gizar um documento desta importância nas costas dos cidadãos.
Quem deve ter ficado um pouco chateado foi o nosso Primeiro-Ministro, que assumiu na Assembleia da República que o tratado era muito importante para a sua “carreira política” (haja alguém que explique ao homem, que o povo português não está minimamente preocupado com a sua “carreira política”).
Agora é claro que os tratantes vão tentar encontrar forma de contornar este contratempo democrático, mas talvez os povos continuem a resistir aos seus intentos.
“Os poderosos fazem planos para 10 mil anos”, mas por vezes esses planos são detidos pela resistência ou desejo popular.

2 comentários:

Fernando Samuel disse...

A vitória do Não é um acontecimento histórico. É uma vitória não apenas do povo irlandês mas de todos os povos da Europa.

Francamente, estou curioso por sabor qual é a tramóia que se segue por parte dos derrotados - quanto mais não seja para saber como é que lhe vamos responder.
Isto é gente sem ponta de vergonha...

Anónimo disse...

As politiquices, feitas por estes politiqueiros, que não são mais do que capatazes do grande capital, só merecem esta resposta, que é apenas o princípio, do que pode vir a acontecer, neste momento a única coisa de que temos a certeza, é que nada será como antes,"a bola está no campo deles"
Abraço