28 dezembro 2008

Um autarca do futuro, hoje

O Presidente da Câmara Municipal de Moura (CMM), José Maria Pós-de-Mina, é um dos nomeados pela OneWorld para personalidade de 2008. A principal razão para a nomeação é a aposta e o apoio da CMM aos projectos de produção de energia renovável, nomeadamente solar, no concelho. Contudo, conhecendo razoavelmente o concelho, tenho a acrescentar que o trabalho do executivo é exemplar, não apenas nesse aspecto, mas em toda a gestão que tem feito da autarquia, desde o urbanismo à cultura.
Apesar de haver em Portugal quem não reconheça e, pior, negue o excelente trabalho, a incomparável honestidade e indesmentível competência dos autarcas CDU, eles são reconhecidos internacionalmente, sendo o Presidente da CMM apelidado de "autarca do futuro".
É ele próprio que lembra que "os obstáculos e as hesitações dos organismos do Estado" e os "ataques de forças políticas opositoras" dificultam o trabalho dos autarcas honestos e competentes, e prejudicam os interesses das populações. Apesar de tudo, os autarcas honestos e competentes continuam a trabalhar pelo bem da população, enquanto outros aguçam os dentes para o ano eleitoral que se avizinha.

Vale a pena ler a notícia do Público:

José Maria Pós-de-Mina anda nas bocas do mundo pelas melhores razões. Onde quer que vá toda a gente lhe lembra o que nunca sonhou ouvir: o seu nome saltou de Moura para o mundo. Uma revista norte-americana com distribuição mundial (OneWorld) de que a maioria dos seus conterrâneos não sabe o nome, considerou-o uma das 10 personalidades do ano do projecto de energias renováveis que desenvolveu no concelho de Moura.
Os critérios de selecção deste prémio exigem o empenhamento dos escolhidos nas questões dos direitos humanos, na justa distribuição dos recursos naturais e económicos; promoção de meios de vida sustentáveis, entre outros (ver texto nesta página).
José Maria Pós-de-Mina tem 50 anos. O presidente da Câmara de Moura é um cidadão discreto, mas ao mesmo tempo activista político desde os tempos da União dos Estudantes Comunistas. Está-lhe no sangue a filiação partidária. É filho, neto e sobrinho de militantes comunistas, alguns deles presos políticos nos anos 50 e 60 do século passado.
Nasceu em Pias, em 1958, e estudou até ao 2.º ano do antigo ciclo preparatório em Serpa. Continuou os estudos na Escola Secundária de Moura, e mais tarde, já com família constituída, licenciou-se em Gestão Financeira pela Universidade do Algarve. Vive em Moura há 30 anos, onde é presidente da câmara desde 1998, e entretanto já obteve uma pós-graduação em Administração Pública e Desenvolvimento Regional na Perspectiva da União Europeia pela Universidade de Évora.
Tudo no seu dia-a-dia corria em função das dificuldades que hoje qualquer autarca enfrenta no desempenho da sua tarefa, quando alguém lhe diz que tinha sido classificado no site da OneWorld como "presidente da câmara do futuro" da Europa.
"Presidente da câmara do futuro? Eu?", foi o desabafo que lhe saiu vezes sem conta, antes de perceber o que lhe tinha acontecido. Depois quis saber porquê. A sua inclusão no grupo de finalistas está ligada ao reconhecimento do papel que tem tido na condução do processo das energias renováveis no concelho de Moura.
Energia desde Março
Pós-de-Mina batia com a palma da mão na testa, ainda incrédulo. "Como é que lá pelas Américas o pessoal sabe o que faço e o que sou?", perguntava a si próprio.
O seu empenhamento na causa das renováveis tomou corpo no ano 2000, quando os representantes de uma empresa lhe vieram propor que "acolhesse um projecto comunitário para a instalação de pequenas centrais solares".
Nem hesitou. Viu na proposta que lhe foi apresentada a possibilidade de poder dar o primeiro passo num projecto que hoje tem uma dimensão mundial. As pequenas centrais solares foram substituídas por uma apenas que cobre 250 hectares de uma área na freguesia da Amareleja, onde os estudiosos foram descobrir que aquela nesga de terra recebe o maior número de horas solares da Europa. O investimento de 237 milhões de euros, disponibilizado na totalidade pela empresa espanhola Acciona, para produzir energia destinada à rede eléctrica nacional, financiou uma central com 46,41 megawatts (MW) pico e 35 MW de potência de injecção na rede. Está a produzir energia desde Março deste ano.
Pós-de-Mina já nem quer lembrar os momentos em que esteve tentado a "atirar a toalha ao chão", tantos eram os obstáculos e as hesitações dos organismos do Estado e de potenciais interessados em desenvolver um projecto ao qual a autarquia nunca poderia dar corpo pelos colossais investimentos que eram necessários para a instalação da maior central fotovoltaica do mundo.
Um novo projecto
Consumiu muitas energias, "anos de vida", algumas desilusões e ataques de forças políticas opositoras que viam no empreendimento um objectivo megalómano, de promoção pessoal. Pós-de-Mina, que sempre fez questão de se manter equidistante de protagonismos, vê na obra que idealizou o exemplo concreto do que pode o sonho e a perseverança.
Para si, a indicação para integrar o naipe de 10 candidatos ao prémio Personalidade 2008 só por si significa apenas que alguém lá fora consegue ver o que no seu país a luta política ofusca.
O que é importante para Pós-de-Mina é a janela de oportunidades que a sua indicação para personalidade do ano pode vir a propiciar ao seu concelho: "Desde que atraia mais investimento e que esse investimento se traduza na criação de postos de trabalho, agradeço a quem indicou o meu nome."
Em mãos tem já outro projecto de energias renováveis: a rede SunFlower, que envolve oito municípios de oito países europeus (Bulgária, Espanha, França, Grécia, Inglaterra, Itália e República Checa e Portugal).
A personalidade de 2008 agradece a simpática expressão utilizada por um colega presidente de câmara mexicano que o designou "o autarca do futuro". "Ainda não tive o privilégio de o conhecer", diz José Maria Pós-de-Mina.
"Como é que lá nas Américas o pessoal sabe o que faço e o que sou?", perguntou Pós-de-Mina quano soube da distinção

Também na Mongólia

À semelhança do exposto no post anterior, também as crianças da Mongólia puderam sentir os fantásticos benefícios da "democracia" e do capitalismo, com a sua "Revolução Democrática" em 1990, como demonstra este video:



Para saber mais sobre a situação das crianças na Mongólia consultar este site da UNICEF

Quanto à "Revolução Democrática" na Mongólia tentarei fazer, um dia destes, algumas considerações

16 dezembro 2008

Notícias do Leste

No dia em que se comemoram 66 anos do cerco total das tropas nazi-fascistas em Estalinegrado, trago aqui algumas notícias sobre a "democracia" e a qualidade de vida que os povos daquela que foi a primeira experiência socialista do Mundo usufruem, depois da traição de que foram vítimas.

Isto é quanto vale a vida de uma criança, hoje, no Tajiquistão: « Ils veulent vendre le bébé de Fariza pour cent dollars ! »

Entretanto, os neo-nazis continuam a aterrorizar, agredir e matar pessoas em Moscovo e outras cidades russas devido a uma cor de cabelo (nem já de pele) diferente, e o Primeiro-Ministro da Rússia limita-se a chamar-lhes estúpidos, como pode ser visto aqui.

Mas nem tudo vai mal. Com este documentário (dividido em 6 videos que vale a pena ver) podemos ficar a saber, por exemplo, que Moscovo tem mais bilionários que qualquer outra cidade do Mundo. Talvez pudessem dar uma moedinha a estes outros:



Com os devidos agradecimentos ao Gorbatchov...