07 março 2009

Última Hora

O ódio profundo das classes parasitárias ao sonho da instauração de uma sociedade Comunista tem originado as maiores barbaridades, crimes e mentiras. Josif Vissariónovich Djugashvíli tem sido vítima das maiores maquinações, mentiras e deturpações da História. Tanto que hoje até fica mal defender o seu legado, os triunfos que os povos soviéticos conseguiram nos anos em que liderou a URSS, a vitória sobre o capitalismo nazi-fascista. O seu nome tornou-se um adjectivo que descreve as maiores atrocidades. Há até muitos comunistas que rejeitam o legado de Stalin. Mas comigo não contam para colaborar numa das maiores injustiças que conheço.
É natural que todo o aparelho ideológico do Capitalismo tenha, desde os anos 30, sido recrutado para denegrir a imagem de Stalin. Se o ódio e incompatibilidade do Capitalismo com o sonho do Comunismo é tão grande, imagine-se quando este se depara com um projecto socialista que avança a passos larguíssimos, não só na construção do socialismo como na edificação de uma potência enorme, a todos os títulos.
A máquina de guerra nazi, criada com o intuito de destruir esse projecto foi derrotada, à custa de milhões de vítimas. Mas as mentiras criadas por Goebbels ainda circulam. Antes e depois do Ministro da Propaganda nazi muitos se dedicaram a deturpar a verdade sobre Stalin, como Trotsky, Solzhenistsyn ou Conquest. Muitas das mentiras estão hoje desmascaradas, como aquela do chamado “Holomodor”, que foi provado ter sido fabricado por ucranianos reaccionários e colaboradores dos nazis.
Aquilo que conheço do contributo teórico de Stalin é suficiente para supor que o próprio, posto perante o problema das fabricações de que foi vitima, defenderia que as energias que se haviam de gastar a repor a verdade histórica seriam melhor gastas a lutar por aquilo que ele lutou.
É óbvio também que não se podem negar, nem há qualquer vantagem nisso pois só a verdade é revolucionária, os erros e excessos cometidos. Nem se pode achar que um homem conhecido por Stalin (homem de aço), que atravessou e viveu três guerras (as duas mundiais e a civil russa) e varias revoluções tenha tido uma vida pacata e sem usar a força. E quem acreditar que é possível construir o socialismo sem responder violentamente à violenta reacção capitalista ou é utópico ou capitalista.
A melhor forma que tenho de ilustrar as mentiras inventadas acerca da URSS e de Stalin é a notícia de “Última hora” do jornal franquista ABC, de 21 de Março de 1976 que citando Solzhenistsyn diz terem morrido 110 milhões de russos vitimas do socialismo. Se juntarmos os ucranianos, bielorrussos, bálticos, cazaques, uzbeques, moldavos, tártaros, quirguizes e outras nacionalidades da URSS a cifra deverá ultrapassar o número de habitantes da União. Não deixa de ser uma proeza conseguir matar mais pessoas do que a população da União.





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