23 abril 2009

Eu acho que a culpa é do Stalin...

Todos conhecemos as mentiras que se contam acerca da União Soviética e de alguns dos seus líderes. As mais abjectas são as relativas aos milhões e milhões de supostos mortos que são propaladas com todo o furor, que basicamente são uma mistura de factos, poucos, com mentiras, invenções e estupidez pura.
Já aqui tive oportunidade de alertar para alguns factos que demonstram a tragédia que se abateu sobre a maior parte dos povos da União Soviética, desde que esta foi destruída.
Mas os nossos valorosos meios de desinformação, alienação e conformação social nunca se dignam a relatar nenhum destes factos, que amiúde vão surgindo.
Tive acesso a uma notícia da BBC, já de 15 de Janeiro, que revela o estudo de uma revista médica inglesa, The Lancet, segundo a Wikipédia “uma das mais importantes publicações científicas na área médica.” Passo então a citar, traduzindo o melhor que sei e posso, extractos dessa notícia.
“A rápida privatização em massa, que se seguiu ao fim da União Soviética, originou um aumento das taxas de mortalidade, entre os homens, apura o estudo.
Os investigadores disseram que as suas conclusões devem servir como um aviso para outras nações que estejam a iniciar uma reforma de mercado abrangente.
Os investigadores examinaram as taxas de mortalidade entre os homens em idade activa de países pós-comunistas da Europa de Leste e da antiga União Soviética, entre 1989 e 2002.
Concluíram que cerca de um milhão (1.000.000) de homens (o estudo apenas foca o sexo masculino), em idade activa, morreram devido ao choque das políticas de privatização em massa. A seguir ao desmoronamento do antigo regime Soviético, no inicio dos anos 90, pelo menos um quarto das grandes empresas estatais foram transferidas para o sector privado em apenas dois anos.
Este programa de privatizações em massa esteve associado com um aumento de 12,8% nas mortes.
Esta última análise relaciona o acréscimo da mortalidade com um aumento de 56% do desemprego, no mesmo período.”
Por outro lado, uma outra notícia revela que a Rússia é neste momento o maior consumidor mundial de heroína, com 2,5 milhões de consumidores.
Morram os povos. Viva o capitalismo.